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Saturday, February 6, 2010

O Luar no Arpoador

Deixa me encantar, com tudo teu, e revelar, lalaiá lá
O que vai acontecer nesta noite de esplendor
O mar subiu na linha do horizonte, desaguando como fonte
Ao vento a ilusão desce
O mar, ô o mar, por onde andei mareou, mareou
Rolou na dança das ondas, no verso do cantador
Dança que tá na roda, roda de brincar
Prosa na boca do tempo e vem marear ( Eis o cortejo... )
Eis o cortejo irreal, com as maravilhas do mar
                 “Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite”
                  G.R.E.S. Portela 1981  





....por Ana Paula

Ontem, sexta feira, 6/02, 42 graus durante o dia, a noite 32 graus fiz um dos melhores programas deste verão escaldante e que comprovam que o Rio de Janeiro é uma das melhores cidades do mundo para se viver, morar ou simplesmente admirar.


Fui as 22h00min horas tomar banho de mar no Arpoador, eis minha surpresa: água agradável, iluminação excelente e uma quantidade absurda de gente se banhando naquele horário. Muito mais democrático que durante o dia. Entrei no mar de calcinha e sutiã de cores diferentes e que não combinavam nada e ninguém me reparou por isto. O que certamente aconteceria durante o dia, caso eu fizesse o mesmo. Fiquei um bom tempo dentro d’água aproveitando o fresquinho do mar e o ventinho que volta e meia chegava. Uma delicia só comparável aos meus dias de criança quando fazia alguma coisa fora do meu dia-a-dia e que me deixava extremamente feliz. Olhar o mar limpo com peixes pulando a toda hora e depois observar uma lua minguante amarela no céu acompanhada por um exército de estrelas me deu a certeza que esta cidade é capaz de oferecer aos mais simples dos mortais a sensação de que fora abençoado em algum momento por ter o privilégio de presenciar um belíssimo espetáculo da natureza com não sei quantas pessoas ao seu redor de todas as cores e classes. Uma das maravilhas do mundo!

Espero que os Eduardos Paes e Sérgios Cabrais da vida não destruam o que o Rio tem de melhor: sua capacidade de se reinventar através de situações casuais e que são transformadas em eventos pitorescos que fazem desta Cidade uma das melhores em termos de diversão, arte, “mistura”(não no sentido da produção de igualdade) e porque não...PRAZER. Espero que políticos como estes não matem estes sentimentos em nome da higienização e disciplinarização. Torço para que esta nova onda “Pereira Passos” que o Rio vem passando seja mais uma dentre tantas a naufragarem no curso da história.


Thursday, January 28, 2010

A Morte de Howard Zinn







por Thaddeus

O historiador americano Howard Zinn teve uma influência tremenda na minha vida e sob minha visão dos Estados Unidos através de seu livro de seu livro A Peoples’ History of the United States (Uma História Popular dos EUA). O fato que seu livro, que revolucionou a historiografia americana, nunca foi traduzido para português é um sinal triste de quão pouco o Brasil conhece as coisas realmente importantes daquele país.


Nascido em 1922 numa família imigrante judaica e operária de Nova Iorque, Zinn lutou na Segunda Guerra como membro da tripulação de um avião bombardeiro B-17. Saiu do Exército transformado em pacificista convicto. Trabalhou nas estalagens de sua cidade natal e usou seus benefícios de veterano para se educar nas universidades de New York e Columbia, onde formou com seu PhD em história em 1958, com 36 anos (coragem, para vocês que, como eu, entraram nessa carreira tardiamente).

Entre 1956 e 1963, Zinn era um professor na universidade negra e feminina Spelman College em Atlanta Georgia, onde se envolveu na luta para direitos civis. Por causa de seu apoio às alunas de Spelman e sua crítica da ênfase da universidade em formar “jovens senhoritas” num momento em que as mulheres negras e universitárias engajavam-se na luta contra a segregação racial, o Zinn foi demitido de sua posição. Em 1964, empregou-se na universidade de Boston, da onde aposentou-se em 1988. Até o final de sua vida, continuou ser educador, escritor e militante.

Zinn era inimigo  feroz do militarismo americano, se opondo ativamente às várias guerras dos EUA nos últimos 50 anos. Sua obra maestra, A Peoples’ History of the United States, recupera a história da luta de classe e do anti-imperialismo nos EUA e é leitura obrigatória para qualquer um que quer entender aquele país.

Sem dúvida alguma, foi o exemplo de Zinn (entre outros) que me deu ímpeto para ir atrás de meu próprio PhD e virar professor. Agora que ele se foi, o mundo ficou um pouco mais escuro e as chances da humanidade de sobreviver as próximas 50 anos minguaram uma tiquinha a mais.

Adeus a Howard Zinn, uma das poucas pessoas sobre qual podemos dizer, sem ironia alguma, “He was a great American”.

Monday, November 9, 2009

Aluna da Uniban é expulsa por usar saia curta


Geisy Arruda, 20, e a saia que abalou Uniban.

Estamos assistindo, abismados, toda a situação da aluna Geisy,da Uniban que culminou com a sua expulsão sumária. Tudo porque a moça estava com um vestido vermelho curto.

A história começou quando a aluna foi para a faculdade com o tal vestido e os alunos se revoltaram e quase a lincharam. A instituição, além, de não conter os colegas de Geisy ainda decidiram expulsá-la.
Aqui vai uma série de reportagens sobre o caso retirados do "O Globo" e também da "Folha de São Paulo"...

Benvind@s ao Mangue!

Este é um blog voltado para discutir as temáticas, raça, sexualidade, gênero e suas intersecções não só sob o aspecto sócio-antropológico, mas tentando mapear todas os pontos de vista e perspectivas possíveis. São bem vindas opiniões e contribuições de pesquisadores e interessados nestes temas.