por Thaddeus
Marília Moschkovich tem virado febre entre alguns amigos meus, escrevendo textos que nos alertam para a possibilidade de um "golpe" no Brasil em função das manifestações atuais. Seu missivo mais recente pode ser visto aqui: https://medium.com/primavera-brasileira/a321b6486c20
O texto abaixo é minha resposta. Serve para responder a qualquer um que acha que um golpe está sendo organizado pelos poderes ocultos da ultra-direita brasileira...
Como diz Jack o Estripador, vamos por partes, olhando para cada ponto que Marilia levanta:
1) Por que dariam um “golpe”, que golpe seria esse e quem seria responsável?
Marilia admite que não tem porque fazer um golpe, que ela mesma não consegue vislumbrar os agentes políticos que faria o tal do golpe, nem qual seria suas propostas. Coloca como “prova” de que “algo está sendo montando” barulhos e páginas de internet que são feitas por organizações e pessoas anônimas.
Cara colega, você – como eu – somos professores federais. O que é que falamos para nossos alunos, sempre, sobre a internet? Que não é uma fonte confiável, sendo que qualquer idiota pode botar o que quiser nele...? Uma página no Facebook feita por deus-sabe-quem não é prova alguma da existência de uma conspiração golpista.
Tem gente que se afirma ser militar dizendo que está pronto para “fazer a transição”? Tem crentes da ultra-direita apelando por um estado religioso? E tudo isto no Facebook?! Meu deus, colega! Sabe o que você descobriu? Que o Brasil é um país pluralista em termos de seus grupos políticos!
Sei que é difícil acreditar, sendo que você, como eu, estamos inseridos no sistema universitário, mas existem direitistas no Brasil. Existem fascistas! E alguns deles sabem fazer páginas de FB e montar blogs!
O problema não é que você é paranóica, Marilia: é que você vê padrões onde tem só barulho. Isto é um problema comum entre nos seres humanos, dotados como somos de nossa capacidade superorgânica de manipular símbolos abstratos. É isto que faz as pessoas religiosas veêm o Jesus numa mancha de mofo na parede. Aparentemente, é uma capacidade que também faz sociólogas vislumbrar golpes na barulheira da mídia social...
Mas, ahahn! Não é propriamente de um “golpe de estado” que você está falando e sim desse tal de “golpe de opinião”! Bobo somos nós, então, que entendiam suas palavras na luz do conceito comum da palavra “golpe”. Vamos, então, fingir que “golpe de estado” e “golpe de opinião” são sinônimos, ‘tá? Então quem está preparando esse golpe?
2) Quem participa do poder público no Brasil?
Marília Moschkovich tem virado febre entre alguns amigos meus, escrevendo textos que nos alertam para a possibilidade de um "golpe" no Brasil em função das manifestações atuais. Seu missivo mais recente pode ser visto aqui: https://medium.com/primavera-brasileira/a321b6486c20
O texto abaixo é minha resposta. Serve para responder a qualquer um que acha que um golpe está sendo organizado pelos poderes ocultos da ultra-direita brasileira...
Como diz Jack o Estripador, vamos por partes, olhando para cada ponto que Marilia levanta:
1) Por que dariam um “golpe”, que golpe seria esse e quem seria responsável?
Marilia admite que não tem porque fazer um golpe, que ela mesma não consegue vislumbrar os agentes políticos que faria o tal do golpe, nem qual seria suas propostas. Coloca como “prova” de que “algo está sendo montando” barulhos e páginas de internet que são feitas por organizações e pessoas anônimas.
Cara colega, você – como eu – somos professores federais. O que é que falamos para nossos alunos, sempre, sobre a internet? Que não é uma fonte confiável, sendo que qualquer idiota pode botar o que quiser nele...? Uma página no Facebook feita por deus-sabe-quem não é prova alguma da existência de uma conspiração golpista.
Tem gente que se afirma ser militar dizendo que está pronto para “fazer a transição”? Tem crentes da ultra-direita apelando por um estado religioso? E tudo isto no Facebook?! Meu deus, colega! Sabe o que você descobriu? Que o Brasil é um país pluralista em termos de seus grupos políticos!
Sei que é difícil acreditar, sendo que você, como eu, estamos inseridos no sistema universitário, mas existem direitistas no Brasil. Existem fascistas! E alguns deles sabem fazer páginas de FB e montar blogs!
O problema não é que você é paranóica, Marilia: é que você vê padrões onde tem só barulho. Isto é um problema comum entre nos seres humanos, dotados como somos de nossa capacidade superorgânica de manipular símbolos abstratos. É isto que faz as pessoas religiosas veêm o Jesus numa mancha de mofo na parede. Aparentemente, é uma capacidade que também faz sociólogas vislumbrar golpes na barulheira da mídia social...
Mas, ahahn! Não é propriamente de um “golpe de estado” que você está falando e sim desse tal de “golpe de opinião”! Bobo somos nós, então, que entendiam suas palavras na luz do conceito comum da palavra “golpe”. Vamos, então, fingir que “golpe de estado” e “golpe de opinião” são sinônimos, ‘tá? Então quem está preparando esse golpe?
2) Quem participa do poder público no Brasil?
Uau. Então esse tal do “golpe de opinião” foi planejado, em suas
raizes, por Dom Pedro I em 1824? É isto a tese que você está sustentando?
Marília, apesar de ser gringo, tenho 25 anos no Brasil, duas diplomas brasileiras em antropologia social e uma norte-americana com especialização na sociologia e na história brasileira. Sei tão bem quanto você – e quanto à maioria de meus colegas que leiam suas missivas – que a história brasileira é fundada numa base escravocrata e profundamente injusta. Também sei que essa base continua vivíssima nos dias de hoje, como quase todos os maiores pensadores brasileiros das ciências sociais têm enfatizado.
Mas tudo isto indica que temos que ter bastante cautela quando utilizamos essa história para criar nossas hipóteses sócio-políticas sobre o Brasil de hoje. A história brasileira é complicada, não é unilinear e CERTAMENTE não é o resumo da trajetória de uma elite unificada, monolítica, que consegue arranjar tudo de acordo com seu bel-prazer, assim e tal, no decorrer de 500 anos sem modificações significantes.
Vamos olhar para só uma de suas afirmações principais ao respeito dessa história.
Você nos lembra que o votou foi condicionando à alfabetização no Brasil até 1985. E é verdade: isto foi o caso. Mas você sabe – ou deve saber – que isto quase nunca foi empecilho algum na votação no Brasil, sendo que os coronéis da zona rural e os seus primos políticos nas cidades montaram enormes máquinas políticas no decorrer do século XX calcadas no voto popular. A “democracia” brasileira, diferente da americana, nunca foi efetivamente condicionada pela exclusão do voto: foi formulada pela obrigatoriedade do voto.
Agora, me diga uma coisa: se a elite brasileira é tão unificada e monolítica assim, porque, então, essa grande preocupação como o voto, ao ponto de até obrigar seu uso? Será que é porque a ilusão de democracia é absolutamente importante nas brigas internas dessa classe dominante? E, se isto for o caso, então o que devemos estar tentando enxergar nessa atual crise de ”golpe de opinião” é o seguinte: qual facção dessa classe dominante pensa que só pode ganhar pela baderneira e não pelo voto popular?
E noto que você ainda não nos tem informado sobre quem deveria ser esse grupo.
Vamos lá, então, para....
Marília, apesar de ser gringo, tenho 25 anos no Brasil, duas diplomas brasileiras em antropologia social e uma norte-americana com especialização na sociologia e na história brasileira. Sei tão bem quanto você – e quanto à maioria de meus colegas que leiam suas missivas – que a história brasileira é fundada numa base escravocrata e profundamente injusta. Também sei que essa base continua vivíssima nos dias de hoje, como quase todos os maiores pensadores brasileiros das ciências sociais têm enfatizado.
Mas tudo isto indica que temos que ter bastante cautela quando utilizamos essa história para criar nossas hipóteses sócio-políticas sobre o Brasil de hoje. A história brasileira é complicada, não é unilinear e CERTAMENTE não é o resumo da trajetória de uma elite unificada, monolítica, que consegue arranjar tudo de acordo com seu bel-prazer, assim e tal, no decorrer de 500 anos sem modificações significantes.
Vamos olhar para só uma de suas afirmações principais ao respeito dessa história.
Você nos lembra que o votou foi condicionando à alfabetização no Brasil até 1985. E é verdade: isto foi o caso. Mas você sabe – ou deve saber – que isto quase nunca foi empecilho algum na votação no Brasil, sendo que os coronéis da zona rural e os seus primos políticos nas cidades montaram enormes máquinas políticas no decorrer do século XX calcadas no voto popular. A “democracia” brasileira, diferente da americana, nunca foi efetivamente condicionada pela exclusão do voto: foi formulada pela obrigatoriedade do voto.
Agora, me diga uma coisa: se a elite brasileira é tão unificada e monolítica assim, porque, então, essa grande preocupação como o voto, ao ponto de até obrigar seu uso? Será que é porque a ilusão de democracia é absolutamente importante nas brigas internas dessa classe dominante? E, se isto for o caso, então o que devemos estar tentando enxergar nessa atual crise de ”golpe de opinião” é o seguinte: qual facção dessa classe dominante pensa que só pode ganhar pela baderneira e não pelo voto popular?
E noto que você ainda não nos tem informado sobre quem deveria ser esse grupo.
Vamos lá, então, para....
3) Educação e educação política
A educação deixa as pessoas burras e despolitizadas no Brasil, sei. É justamente por essa razão que socialistas laicos como eu e você ganhamos nosso pão de todo dia como professores, neh?
Mas, OK: concordo. O sistema de educação é, em geral, terrível e cria pessoas despolitizadas. Certo. Onde é, então, que essas pessoas devem se politizar, de acordo com Marx, se não na atividade PRÁTICA, nas ruas, assembléias, conselhos etc. e tal?
Marx seria a primeira pessoa a advertir que numa situação como essa, a única salvação é através da educação prática. Mas como é que podemos educar, praticamente, se vamos deixar as ruas para os arruaceiros e a gente da direita? Não devemos estar lá nas ruas, educando e divulgando nossas mensagens e propostas, em vez de estar plantado frente ao Facebook, lendo e escrevendo manifestos?
4) Quanto mais gente, menos corrupção
Você REALMENTE acha que “A corrupção nada mais é do que o uso do aparelho do Estado em benefício próprio”? E quem pagou para sua educação e a minha não foi... o Estado brasileiro? Não tiramos algum benefício disso? Ahn, essa não é a mesma coisa? Então podemos hipotetizar que “estado”, no Brasil ou em qualquer outro país, não é apenas uma máquina simples que reproduz fielmente as interesses de uma elite dominante? Podemos concordar que – mesmo que isto seja a operação mais fundamental do estado (afinal das contas, ainda sou marxiano, se não marxista) – na operação cotidiano do Estado muitas contradições e brechas acabam sendo construídas e que nem todas essas operam seguindo a lógica da dominação?
O problema é isto: quanto mais gente MAIS corrupção, Marília. É justamente quando uma série de agentes diferentes, com visões divergentes, entram nos corredores de poder que meios extra-legais acabam sendo construídos para forjar alianças políticas. O escândalo do Mensalão não aconteceu por causa de uma tentativa de “manter as pessoas burras e afastadas do poder”: aconteceu porque o PT precisava criar meios para governar a cambada de interesses diversas e excludentes que formava sua base eleitoral no Congresso.
A corrupção SEMPRE vai existir em uma democracia justamente por causa da grande variedade de interesses que acabam sendo expressas no parlamento, mesmo se essas são quase todas expressões da classe dominante. Numa ditadura ou num estado fascista, não existe a corrupção justamente porque as coisas que classificamos como “ilegais” na democracia não são ilegais nesses tipos de governo: ou você é um amigo do poder e pode fazer tudo, ou você não é nada.
Numa democracia saudável, lute-se contra a corrupção, tentando impor regras no jogo de interesses políticos. Presumo que quando chegamos à utopia de um estado socialista, a corrupção vai ser ainda maior e a vigilância contra ela vai ter que ser também maior. A questão posta pela democracia – seja em suas versões liberais ou socialistas – é “O que devemos fazer com a res pública?” Essa pergunta implica-se a possibilidade da corrupção.
Então não, não acho legal você tentar comprovar que, num sistema mais justo, não haverá a corrupção e que a corrupção é causada, fatalmente, pelos interesses da elite. É uma mentira. A corrupção é nefasta, mas é tanto um componente de democracia (seja que for) quanto as doenças venéreas são componentes de puteiros. Numa democracia – ou num puteiro – saudável, não finge-se que essas coisas são oriundas de “pessoas do mal”. Reconhecemos que fazem parte do negócio e tomamos as medidas profiláticas necessárias.
5) Mas, e o golpe?
Pois é, Marília. Acho interessante esse sobrevôo que você fez pela história brasileira para nos lembrar que moramos num país injusto, governado por uma classe dominante que não é nossa amiguinha.
OK. E o golpe? QUEM vai fazer?
Ou seja, você pode, usando todos seus dotes marxistas, indicar para nós qual segmento da classe dominante pensa que precisa usar a força em vez das urnas para impor sua vontade?
Vamos ver...
Ahn, então os interesses da pequena elite que sempre dirigiu o Brasil estão sendo atendidos?
E os EUA – o grande bicho papão da imaginação nacionalista – também não tem interesse algum em derrubar a Dilma?
Então....
6) Que tipo de “golpe” seria possível?
Deixo ver se eu entendi bem: você afirma que não tem nenhuma razão por golpe algum, seguindo a lógica marxista, mas acho que há de ter golpe porque você viu alguns reaças fazendo barulho na internet?
É isto, Marília?
Sua única “prova” de que um golpe está sendo planejado é, enfim, tautológica? Um golpe é possível porque há de ter um golpe? Então para poder ter “golpe”, vamos definir o processo normativo de uma democracia burguesa pós-moderna (a manipulação midiática para que a opinião pública aceite e defenda a diminuição de direitos políticos) como “golpe”?
É isto?
A educação deixa as pessoas burras e despolitizadas no Brasil, sei. É justamente por essa razão que socialistas laicos como eu e você ganhamos nosso pão de todo dia como professores, neh?
Mas, OK: concordo. O sistema de educação é, em geral, terrível e cria pessoas despolitizadas. Certo. Onde é, então, que essas pessoas devem se politizar, de acordo com Marx, se não na atividade PRÁTICA, nas ruas, assembléias, conselhos etc. e tal?
Marx seria a primeira pessoa a advertir que numa situação como essa, a única salvação é através da educação prática. Mas como é que podemos educar, praticamente, se vamos deixar as ruas para os arruaceiros e a gente da direita? Não devemos estar lá nas ruas, educando e divulgando nossas mensagens e propostas, em vez de estar plantado frente ao Facebook, lendo e escrevendo manifestos?
4) Quanto mais gente, menos corrupção
Você REALMENTE acha que “A corrupção nada mais é do que o uso do aparelho do Estado em benefício próprio”? E quem pagou para sua educação e a minha não foi... o Estado brasileiro? Não tiramos algum benefício disso? Ahn, essa não é a mesma coisa? Então podemos hipotetizar que “estado”, no Brasil ou em qualquer outro país, não é apenas uma máquina simples que reproduz fielmente as interesses de uma elite dominante? Podemos concordar que – mesmo que isto seja a operação mais fundamental do estado (afinal das contas, ainda sou marxiano, se não marxista) – na operação cotidiano do Estado muitas contradições e brechas acabam sendo construídas e que nem todas essas operam seguindo a lógica da dominação?
O problema é isto: quanto mais gente MAIS corrupção, Marília. É justamente quando uma série de agentes diferentes, com visões divergentes, entram nos corredores de poder que meios extra-legais acabam sendo construídos para forjar alianças políticas. O escândalo do Mensalão não aconteceu por causa de uma tentativa de “manter as pessoas burras e afastadas do poder”: aconteceu porque o PT precisava criar meios para governar a cambada de interesses diversas e excludentes que formava sua base eleitoral no Congresso.
A corrupção SEMPRE vai existir em uma democracia justamente por causa da grande variedade de interesses que acabam sendo expressas no parlamento, mesmo se essas são quase todas expressões da classe dominante. Numa ditadura ou num estado fascista, não existe a corrupção justamente porque as coisas que classificamos como “ilegais” na democracia não são ilegais nesses tipos de governo: ou você é um amigo do poder e pode fazer tudo, ou você não é nada.
Numa democracia saudável, lute-se contra a corrupção, tentando impor regras no jogo de interesses políticos. Presumo que quando chegamos à utopia de um estado socialista, a corrupção vai ser ainda maior e a vigilância contra ela vai ter que ser também maior. A questão posta pela democracia – seja em suas versões liberais ou socialistas – é “O que devemos fazer com a res pública?” Essa pergunta implica-se a possibilidade da corrupção.
Então não, não acho legal você tentar comprovar que, num sistema mais justo, não haverá a corrupção e que a corrupção é causada, fatalmente, pelos interesses da elite. É uma mentira. A corrupção é nefasta, mas é tanto um componente de democracia (seja que for) quanto as doenças venéreas são componentes de puteiros. Numa democracia – ou num puteiro – saudável, não finge-se que essas coisas são oriundas de “pessoas do mal”. Reconhecemos que fazem parte do negócio e tomamos as medidas profiláticas necessárias.
5) Mas, e o golpe?
Pois é, Marília. Acho interessante esse sobrevôo que você fez pela história brasileira para nos lembrar que moramos num país injusto, governado por uma classe dominante que não é nossa amiguinha.
OK. E o golpe? QUEM vai fazer?
Ou seja, você pode, usando todos seus dotes marxistas, indicar para nós qual segmento da classe dominante pensa que precisa usar a força em vez das urnas para impor sua vontade?
Vamos ver...
Ahn, então os interesses da pequena elite que sempre dirigiu o Brasil estão sendo atendidos?
E os EUA – o grande bicho papão da imaginação nacionalista – também não tem interesse algum em derrubar a Dilma?
Então....
6) Que tipo de “golpe” seria possível?
Deixo ver se eu entendi bem: você afirma que não tem nenhuma razão por golpe algum, seguindo a lógica marxista, mas acho que há de ter golpe porque você viu alguns reaças fazendo barulho na internet?
É isto, Marília?
Sua única “prova” de que um golpe está sendo planejado é, enfim, tautológica? Um golpe é possível porque há de ter um golpe? Então para poder ter “golpe”, vamos definir o processo normativo de uma democracia burguesa pós-moderna (a manipulação midiática para que a opinião pública aceite e defenda a diminuição de direitos políticos) como “golpe”?
É isto?
Minha amiga, vai ler Chomsky, “Manufacturing Consent”: isto é o
funcionamento NORMATIVO do estado burguês na época da mídia em massa.
Encontre-se uma crise agora esse funcionamento somente porque os meios de
comunicação temporariamente democratizaram e massificaram-se com a entrada da
internet. Um confronto pequeno, então, teve a capacidade de incendiar e
massificar uma série de ansiedades políticas que, outra hora, dificilmente
ganhariam espaço na opinião pública.
Isto não é golpe: é crise. E a resposta adequada para essa crise não é a construção de teorias de conspiração.
Isto não é golpe: é crise. E a resposta adequada para essa crise não é a construção de teorias de conspiração.
Hey Brother Ant, shoot me a email. Just want to say hello sans corporate social networking.
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