Lendo
a Bíblia hoje de manha, particularmente a Gênesis 19:3-4, a
história de Ló e Sodoma.
Vocês que me conhecem podem estar
estranhando agora. “Tadeu lendo a Bíblia? O que aconteceu? Deu
febre?”
Pois sabem, seus incultos e cínicos, que tive uma
excelente formação luterana como menino. E diferente de vocês
católicos e evangélicos, nós luteranos (os verdadeiros bem-amados
de Deus desde de Breitenfeld, 1631 – sei disto porque meu pastor
jurou que é a verdade), eu tive que realmente ler a Bíblia. Além
disto, desde criança, sempre tive uma queda por histórias de
fantasia que envolvem muito sangue, sexo e sacanagem. Por isto gosto
tanto de Game of Thrones (GEORGE
R.R. MARTIN. 2013. New York: Random House).
E nada, mas nada é melhor neste respeito que o fundador do gênero,
na tradição ocidental, a Biblia
Sagrada (SAULO DE TARSO, et al. 60.
Roma: self-published).
Ademais, tive
que ler a bíblia duas vezes: uma na escola
dominical e novamente na
cadeia em 1986, quando fiquei presa por
algumas semanas em Brevard County, Flórida, após de uma ação
direta contra o primeiro lançamento do míssil
nuclear Trident II no Cabo Kennedy.
O
único livro que era permitido
aos presos era a Bíblia. Todos
os dias, o Xerife mandou um pastor batista à nossa cela para tentar
nós converter do que ele presumia era o mal do comunismo. Uma
péssima ideia,
quando sua cadeia está cheia de Jesuitas e Quakers que foram presos
por acreditar que
Deus os instruiu a lutar contra as
armas nucleares.... Mas justiça seja feito: o que o tal pastor
batista não tinha em termos de conhecimento ou inteligência, tinha
em teimosia e fervor. Ele veio todos os dias para o almoço,
religiosamente. Era como ver a Guerra dos Trinta Anos irromper-se na
minha sala de estar por quatro horas, todo dia, por duas semanas.
No final do processo, cheguei a duas
conclusões firmes:
1)
A Bíblia é um espelho: você vê nela o que você tem por dentro de
você, em toda sua plenitude sócio-histórica-psicológica.
2)
Ninguém – mas ninguém mesmo – faz insultos passivos-agressivos
melhor que os Quakers.
É interessante o que acontece quando
você lê a Bíblia usando seu cérebro e o que sabemos da história
e da cultura, em
vez de simplesmente regurgitar o que o pastor/padre/guru/líder do
culto afirma ser a verdade. E a
história de Sodoma é particularmente
interessante neste respeito, pois uma leitura atenta a ela demonstra
muito ao respeito das verdadeiras preocupações e preconceitos que
muita gente tenta justificar com recursos bíblicos.
Para
começar, é muito discutível se a cidade de Ló foi destruída
por causa da homossexualidade de seus residentes.
Mas antes
de chegar neste ponto, vamos dar
uma olhada no
texto em si. Para evitar outro debate de proporções cataclísmicos,
estou usando aqui a a versão Católica do texto. (Sim, meus caros
cristãos: existem várias traduções da Bíblia, que contém
diversas e as vezes contraditórias interpretações das palavras
supostamente eternas e imutáveis do Senhor. Se você acha que pode
ler a Bíblia LITERALMENTE, então – como diria meus velhos colegas
Quakers – você deve dar graças a Deus que Ele não te
sobrecarregou com mais que uma suficiência de capacidade
mental.)
1.
Pela tarde chegaram os dois anjos a Sodoma. Lot, que estava assentado
à porta da cidade, ao vê-los, levantou-se e foi-lhes ao encontro e
prostrou-se com o rosto por terra.
2.
“Meus Senhores, disse-lhes ele, vinde, peço-vos, para a casa de
vosso servo, e passai nela a noite; lavareis os pés, e amanhã cedo
continuareis vosso caminho.” “Não, responderam eles, passaremos
a noite na praça.”
3.
Mas Lot insistiu tanto com eles que acederam e entraram em sua casa.
Lot preparou-lhes um banquete, mandou cozer pães sem fermento e eles
comeram.
4.
Mas, antes que se tivessem deitado, eis que os homens da cidade, os
homens de Sodoma, se agruparam em torno da casa, desde os jovens até
os velhos, toda a população.
5.
E chamaram Lot: “Onde estão, disseram-lhe, os homens que entraram
esta noite em tua casa? Conduze-os a nós para que os conheçamos.”
6.
Saiu Lot a ter com eles no limiar da casa, fechou a porta atrás de
si
7.
e disse-lhes: “Suplico-vos, meus irmãos, não cometais este crime.
8.
Ouvi: tenho duas filhas que são ainda virgens, eu vo-las trarei, e
fazei delas o que quiserdes. Mas não façais nada a estes homens,
porque se acolheram à sombra do meu teto.”
9.
Eles responderam: “Retira-te daí! – e acrescentaram: Eis um
indivíduo que não passa de um estrangeiro no meio de nós e se
arvora em juiz! Pois bem, verás como te havemos de tratar pior do
que a eles.” E, empurrando Lot com violência, avançaram para
quebrar a porta.
10.
Mas os dois (viajantes) estenderam a mão e, tomando Lot para dentro
de casa, fecharam de novo a porta.
11.
E feriram de cegueira os homens que estavam fora, jovens e velhos,
que se esforçavam em vão por reencontrar a porta.
12.
Os dois homens disseram a Lot: “Tens ainda aqui alguns dos teus?
Genros, ou filhos, ou filhas, todos os que são teus parentes na
cidade, faze-os sair deste lugar,
13.
porque vamos destruir este lugar, visto que o clamor que se eleva dos
seus habitantes é enorme diante do Senhor, o qual nos enviou para
exterminá-los.”
A
história é basicamente o seguinte:
Dois
caras estranhos chegam em Sodoma e Ló os convidam para ficar em sua
casa. Uma turba chega na noite e quer violar seus visitantes. Ló
defende eles, oferecendo suas duas filhas virgens aos estupradores em
troca. Eles não aceitam. Os visitantes, sendo anjos (surprise!),
então destroem a cidade, pois Deus ficou zangado.
"Meu marido ofereceu nossas filhas para o estupro, mas sou eu que fui transformada num pilar de sal. Precisa de mais provas de como o Deus do Velho Testamento era patriarco?"
O
importante entender aqui é que Ló estava agindo de acordo com as
regras do bom convívio do judaismo antigo, codificadas no Levítico.
Levítico também é um trecho interessante da Bíblia pois é pelo
que eu saiba, o único lugar no livro que condena o que muitos
cristãos chamam a homossexualidade. Não me fala do Saulo de Tarso e
suas cartinhas aos fiéis do Novo Testamento, pois as “abominações”
que Saulo fala sobre para os Corintianos, Gregos e Romanos são
codificadas em Levítico. Ele está simplesmente tentando levar essas
regras de comportamento (e um monte de regas novas que ele,
aparentemente, inventou do nada) para os outros povos do
mediterrâneo. O fonte original disto tudo é Levítico.
Idem
para os “crimes” ou “abominações” dos sodomitas. Quando Ló
suplica-se para seus co-cidadãos “não cometais este crime”, ele
está referindo ao código criminoso contido em Levítico. Tudo bem,
então, neh? Como “conhecer” é código bíblico para “ter
relações sexuais com”, podemos ter certeza que o problema aqui é
um bando de homens sodomitas queria comer os cus dos anjos hospedados
por Ló e, por essa razão, a cidade do Sodoma foi destruída.
Mas
será que “homossexualidade” era realmente o crime sendo
punido?
Olha só: sei que a maioria cristão não gosta de
ler, muito menos ainda a Bíblia, que é um livro divertido, mas
também bastante opaco e difícil de entender. Dos poucos que leiam,
a vasta maioria não além de uma leitura cuidadosamente guiada por
seu pasto/rabino/padre/guru etc. Por isto, talvez, a vasta maioria
dos cristãos que odeiam a homossexualidade não são cientes de dois
fatos:
1) O Levítico é um enorme compêndio de regras, a
vasta maioria das quais – não pode tocar numa mulher menstruada;
não pode usar roupas que combinam fibros de duas origens diferentes;
não pode comer carne de porco; não pode fazer tatuagens; é preciso
ser circuncisado; etc. – são plenamente ignoradas pelo
cristianismo.
2) O Levítico não condena a homossexualidade
– pelo menos não todos os variantes.
A situação é tão
absurda que já vi cristão tatuado e não circuncisado, comendo
carrê me dizer que é contra a homossexualidade porque a Bíblia
afirma que é uma abominação. É difícil se manter calma frente
tamanho asneiras, mas tento seguir o exemplo de meus irmãos Quaker.
O
que Levítico de fato fala sobre homossexualidade é isto: "Não
te deitarás com homem como com mulher; é abominação". A
palavra “homossexual” não existia naqueles tempos, então a
proibição não era contra o “homossexualismo”. Além disto, a
condenação está claramente falando de relações entre os homens.
O Levítico era muito cuidadoso no delineamento dos papeis masculinos
e femininos no judaismo e nunca usa “homem” como termo geral
indicando todos os seres humanos. Quando fala “homem”, tem um
indivíduo em mente: um ser humano que tem pênis e barba (judaismo
tradicional, lembre-se?). Então, minimamente, não é a
homossexualidade ou “homossexualismo” que está sendo condenado
aqui, mas só relações sexuais, e estes somente quando são feitos
entre dois homens.
Mas tem mais. O que quer dizer, então
“como com mulher”? Aparentemente, pode-se deitar com homens, mas
não como se estes fossem mulheres. Algumas pessoas afirmam o óbvio
aqui: deitar, não pode, mas sexo anal, oral, ou masturbação mútuo
(além de outras variações) pode, desde que esses sejam feitos em
pé. Mas a palavra “deitar” aqui indica uma série de relações
de gênero que eram codificados no ato sexual no Israel antigo.
Significa possuir a mulher (enquanto posse, mesmo: sim, como sua
propriedade – patriarcado, lembre-se?) através do ato sexual. Em
outras palavras, na sexualidade judaica antiga, a virgindade era
entendida como selo de garantia: uma vez quebrada, o quebrador era
responsavel para a mercadoria. Não importava-se como a virgindade
era “tomada”: relações consensuais, sedução, estupro...
Comeu, comprou. Além disto, a posição sexual da mulher como
“deitada” não era por acaso: a mulher judaica era para ser
absolutamente submissiva ao homem, particularmente em questões
sexuais. Seu prazer, seus gostos e desejos, não eram importantes no
relacionamento: importante era sua submissão frente a seu marido,
seu senhor. A
história de Ló é um exemplo excelente disto: sendo patriarco, ele
pode oferecer suas duas filhas para serem estupradas por uma turba
raivosa, sem piscar os olhos. Ló, os anjos e – aparentemente Deus
– não tem problema algum com isto e a Bíblia nem fala como foiu a
reação das filhas de Ló a sua oferta. Mulher não contava naqueles
tempos. Ponto.
É claro, elas conseguiram encontrar uma maneira de devolver o "favor" mais tarde...
O
que tudo isto indica é que Levítico condena a ideia
de que um homem pode transformar outro homem em, essencialmente, um
escravo submisso através das relações sexuais. Nesta interpretação
de Levítico – que é absolutamente tão válida em termos de suas
origens
quanto as interpretações evangélicas de hoje – o que está sendo
proibido são as
relações
de submissão e
dominação sexual
entre os homens.
Ou seja, gente: troca-troca, pode e deve. O
que Deus não gosta é que você come o cú dos outros sem oferecer
seu.
E todos esses anos, não estavamos entendendo bem a verdadeira mensagem de certas congregações batistas.
Sendo que, hoje em dia, ninguém nem deita com mulher
“como com mulher”, no sentido Leviticano da palavra, acho melhor
e mais correto, corrigindo
a Bíblia pelas mudanças culturais dos últimos séculos, entender
Levítico 18:22 da seguinte maneira: “Não usaras o
sexo
para subordinar outro humano: isto é uma abominação”.
E
se vocês acham que não tenho a autoridade de re-interpretar o
Levítico assim, eu te digo que tenho a mesma autoridade que Saulo de
Tarso tinha.
Deus também me apareceu, num enorme luz (e
falando nos tons de um elder Quaker),
me dizendo “Thaddeus, esses pobre-coitados,
mentalmente limitados,
que se dizem cristãos não entenderam
balofas de minha mensagem principal aos humanos: trata o próximo
como você quer ser tratado (a menos que você é masoquista, é
claro). Vai e leva minha palavra às massas.”
Pronto. Veio
diretamente do Senhor. Viu como é fácil?
Voltando
ao Levítico (e depois vamos voltar ao Ló, que deixamos lá na
porta, oferecendo suas duas filhas para serem estupradas), é notável
que a palavra hebraica original, referenciada em 18:22, nem é
“crime” e muito menos “abominação”: é to'ebah,
que quer dizer “algo que quebra uma lei ritual”. Isto situa a
homossexualidade, no máximo, no mesmo patamar com o consumo de porco
ou raspando sua barba – para não mencionar os 362 OUTRAS
proíbições da lei talmúdica que os cristões ignoram sem o menor
problema. Se os velhos hebraicos queriam dizer que a
homossexualidade era uma “abominação”, uma violação moral, ou
um pecado, eles tinham uma palavra apropriada para essa tarefa:
zimah.Os
cristãos modernos traduzem to'ebah
como abominação
quase exclusivamente em
conexão com a homossexualidade por causa de suas traduções erradas
das palavras de nosso bom e velho amigo Saulo de Tarsos. Saulo usou
as palavras gregas malakoi
and arsenokoitai
para condenar os crimes
sexuais em Corintianos 6:9 e Romanos 1:28. Mas, infelizmente (para os
homofóbicos), essas palavras também não referem-se a
homossexualidade. Novamente, se o Saulo queria, de fato, condenar a
prática de um homem ter relações sexuais com um outro, ele tinha
uma palavra apropriada para essas fins: paiderasste.
Saulo,
famosamente, não gostava do sexo e achava que era melhor ser virgem.
Sendo isto impossível, a segunda opção seria um casamento
monogâmico. De onde Saulo tirou essas idéias não é bem claro,
pois certamente nada no judaismo autorizo o nojo com qual ele
encarava o ato sexual. A meu ver, estamos lidando aqui com um
problema psicológico do próprio Saulo que foi, erroneamente,
traduzido para o dogma cristão séculos após de sua morte.
Mas,
mesmo aceitando Saulo como uma figura mais importante que o próprio
Jesus em termos de suas capcidades de ditar as regras do bom convívio
cristão, é importante entender que ele não era contra a
homossexualidade, em se, mas sim contra tudo e qualquer tipo de
atividade sexual, particularmente se o fim disto era o prazer. Todo
prazer carnal, de acordo com Saulo, se afastava do Senhor. Novamente,
é dificil aceitar um cristão gordo tatuado e sem barba, comendo seu
quinto cachorro quente enquando se veste uma camiseta de poliester e
algodão, me dizer que o Levítico e Saulo autorizam ele a condenar
homossexualidade como “abominação”.
Esse
cara, por exemplo, obviamente leva suas proibições
biblicas muito a
sério.
Voltando
ao Ló, então, e sua oferta gentilíssima de suas filhas à turba de
estupradores, podemos dizer com certo grau de certeza que o problema
aqui, em termos do ponto de visto de Deus, não era a
homossexualidade (porque o Ló ofereceria suas filhas ao estupro para
uma banda de homossexuais?) O que, então, fizeram os habitantes de
Sodoma para merecer o extermínio?
Bom,
isto é razoavelmente claro. O grande pecado do povo de Sodoma foi
seu atitude arrogante e sua rejeição da noção de que eles deviam
respeito ou dignidade ao resto da humanidade.
Além de tentar
estuprar dois homens (sujeitar eles à dominação como se fossem
mulheres – nota bem, novamente, que ninguém tinha qualquer
problema com a idéia do estupro das filhas de Ló) cujo único
“crime” era ser estrangeiros que entraram na cidade, o povo de
Sodoma era notório por achar que eles eram os melhores humanos da
terra e, dessa maneira, não devia caridade ao próximo, como pregava
a lei talmúdica.
A cidade é referenciada múltiplas vezes
na Bíblia e sempre em referência a este problema: nunca em
referência à homossexcualidade. Olha só, por exemplo, a Ezequiel
16:49, que não podia ser mais claro:
“E esta foi a
malignidade de tua irmã Sodoma: ela e suas filhas eram arrogantes;
tiveram fartura de alimento e viviam sem a menor preocupação; não
ajudavam os pobres e os necessitados.”
O
pecado dos sodomitas era ser arrogante e desprezar seus deveres,
tanto aos disafortunados quanto aos estrangeiros que passavam por sua
cidade. E isto é extremamente claro numa das únicas duas falas que
os sodomitas direcionam a Ló (que não era nativo da cidade):
“Eis
um indivíduo que não passa de um estrangeiro no meio de nós e se
arvora em juiz! Pois bem, verás como te havemos de tratar pior do
que a eles.”
E
é por ali que comecei essa diversão bíblica hoje de manha, pois
acho irônico que é justamente a extrema direita cristã que condena
tanto a “sodomia”, mas que prática a exclusão social de todos
os tipos e hoje, nos EUA e no Brasil, reluta para o “direito” de
tratar as pessoas que não gostam como menos que cidadãos ou seres
humanos.
Essa frase soltou aos meus olhos hoje, sendo que
recentemente argumentei com vários “bons cristãos” brasileiros
que tem me direcionado exatamente essa mesma fala: quem sou eu,
gringo, para ter uma opinião sobre tais assuntos brasileiros como ,
por
exemplo, a descriminalização do aborto e das drogas ou a diminuição
da maioridade penal?
E lembrei, particularmente, desse pequeno peido solto pela boca de M. Feliciano (que é quase tão bom no
quesito “agressão passiva” quanto meus antigos mentores Quaker)
que, essencialmente, afirma a mesma coisa para com meu amigo
Professor Richard Parker. Sendo
que tenho um senso de humor bem mais negro que o de meus antigos
colegas de cela jesuitas e Quaker, me
divirto quando
observo
que esses cristãos, que supostamente levem a Bíblia tão a sério,
acham necessário repetir o pecado de Sodoma numa escala jamais
imaginada pelos residentes daquela cidade. Redução da maioridade
penal, pena de morte para traficantes, prisão
para as mulheres que abortam, espancamento e exclusão de
prostitutas, o
fechamento das
fronteiras contra os estrangeiros, a carceralização da sociedade, a
militarização da polícia, para não dizer a perseguição dos
LGBTs....
todas essas atitudes são, propriamente falando, taxáveis de
“sodomia”, neh?
Me
pergunto como essas pessoas “du bem”, que se dizem ser guiadas
pela Bíblia, podem pensam que uma sociedade pode prosperar desse
jeito?