"I can guarantee, Mr. Sebastian, that according to these statistics,
Brazil can consider itself to be a middle-class country."
"Ya see, woman? Ain' it great?"
A great song by Max Gonzaga in this electoral year here in Brazil. Also combines nicely with the recent release of Tropa de Elite 2....
Here's the video.
I'm middle class
I repeat everything I hear on the T.V. news
I believe that weekly newsmagazines are impartial
I'm middle class
I buy clothes and gas on my plastic
I hate to ride the bus
I drive my car that I bought on credit
I have to pay taxes
I'm always redlining my bank account
I hardly travel
Maybe a CVC package tour every three years
But I don't care
If drug dealers rule the favelas
I don't care
If people die or Itaquera floods
I'd like to see the urban periphery get blown to pieces
But I get pissed
At the State when anything bothers me
Like the starving beggars who ask for handouts
Or the street windshield cleaners who soap up my car
Or street vendors with their trinkets and candy
Or the jugglers who perform for change at the stoplights
But if it's a burglary in Moema
Or a murder in Jardins
Or an executive's daughter gets raped to death
Then the media will shout their regressive opinion to the skies
And call for the death penalty or a reduction in the age limits for imprisonment
And I, who am quite well informed, agree and join demonstrations
While the T.V. audience booms and papers sell like mad
Because I don't care
If drug dealers rule the favelas
I don't care
If people die or Itaquera floods
I'd like to see the urban periphery get bown to pieces
Tragedies are only real if they knock on my door
Because it's much easier to condemn someone who's already serving a life sentence.
Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mais eu “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no “jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida